sábado, 23 de maio de 2009

Finn Juhl, 1912 -1989



O estranho grafismo do nome de Finn Juhl forma parte da extensa lista de gestores do Movimento Moderno Dinamarquês.
O seu legado foi talvez um pouco abafado por outros nomes, de qualidade inquestionável, como Hans Wegner (já aqui trazido no blog) ou Arne Jacobsen, que trabalharam o conceito de mobiliário na mesma direcção, mas que hoje são recorrentemente mais lembrados.
Finn Juhl, que nasce 3 anos anos antes de Hans wegner, formou-se em arquitectura e insistia em enfatizar que não era especialista em design de mobiliário. Afirmou diversas vezes que, como designer de mobiliário, era um mero e simples autodidacta.
Embora tenha deixado diversos trabalhos de arquitectura, dá-nos uma excelente contribuição como designer de interiores e equipamento.

Sofá Poeten, 1941

Em meados do século XX, o design made in Dinamarca era uma sensação que agitava a Europa e os Estados Unidos. Nessa altura os dinamarqueses começaram a importanr grandes quantidades de madeira de teca das Filipinas, para construir mobiliário. Este material de dureza e alta qualidade depressa se tornou o preferido dos designers e assim nasceu o estilo teca dinamarquês.


Cadeirão Cacique, 1949

Em 1960, deu-se o reconhecimento definitivo do design dinamarquês numa exposição no Metropolitan, New York onde Finn Juhl participa.
O grande ano para Finn Juhl foi 1945, quando funda o seu atelier e quando é nomeado decano da Escola de Design de Interiores de Copenhaga.




Para mais: www.onecollection.com

Menina Design

Menina Design é uma empresa de design portuguesa que tem já sucesso confirmado no mercado nacional e internacional.
Não quero alargar-me com explicações e com os meus juízos de valor sobre Menina Design.
Deixo para si uma visita ao site desta empresa e com ela uma viagem ao mundo do design nacional contemporâneo.
Disfrutem!

www.meninadesign.com

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Hans J Wegner, 1915 - 2007






1915 - 2007

Wegner especializou-se como marceneiro, nomeadamente na construção de armários, antes de ingressar na Copenhagen School of Arts and Crafts, onde futuramente irá lecionar de 1946 a 1953.
De 1938 a 1942 trabalhou como designer de mobiliário no gabinete de Arne Jacobsen e Erik Moller e em 1943 cria um atelier em nome próprio, em Gentoftee colabora com Borge Mogensen no design de um apartamento mostrado em 1946 na Cabinetmakers´ Exhibition em Copenhagen.
Ao longo da sua extensa carreira Wegner desenhou bastantes peças para Johannes Hansen e Fritz Hansen. A Royal Society of Arts, em Londres, nomeou-o de membro honorário dos Designers Industriais em 1959.

Seguem-se agora algumas das suas mais emblemáticas peças criadas ao longo da sua vida.













terça-feira, 19 de maio de 2009

Apartamento Lapa - Sala de Estar, 2009



Nesta sala de estar criaram-se vários ambientes que subentendem funções e utilidades diversas.
Existe sempre, em cada um dos ambientes, pelo menos um elemento que os torna coesos.
Nota-se mais uma vez o uso e abuso da mistura de cores e sentidos. Eclético! Dizia alguém...



O sofá grande e único é um Chesterfield original inglês em couro que se mistura com diversas poltronas e cadeiras com desenhos e estofos variados. Sobre o sofá grande encontramos duas almofadas forradas com tecido às riscas Ralph Lauren da Poeira.
Em cima do sofá temos um grande quadro pintado sobre o mesmo material do revestimento das paredes com o nome Palm Springs e um busto com o título Autoretrato ambos de Henrique Ferreira.




Junto à secretária temos uma poltrona lacada de branco, de seu nome Peacock, disponível na loja Área e um cadeirão de leitura dos anos 70 com estofo original em tons de ocre e verde seco.
À frente da mesma secretária existe outra poltrona em folha de bananeira, de nome Wilson, disponível na loja Área que faz a ligação do espaço de trabalho com a zona de estar propriamente dita. Sobre esta cadeira encontramos uma almofada forrada com um tecido alinhado grosso com desenhos de patos e plantas aquáticas estilizados, da Poeira.
A iluminação artificial desta sala é conseguida por dois candeeiros em faiança trabalhada dos anos 70, que se encontram sobre a mesa de pau santo dos anos 50 onde se colocaram os equipamentos de som e televisão, por um outro candeeiro em faiança alemão, também dos anos 70 colocado sobre a secretária e aindo por um candeeiro de pé sueco em cobre que está imediatamente ao lado do sofá Chesterfield.





Existem duas mesas de apoio na zona de estar, uma delas redonda branca lacada com o tampo em vidro fumado cinzento, original dos anos 60 que está colocada em frente ao sofá grande e outra mais pequena, contemporanêa, quadrada de metal lacado de branco e tampo em vidro que dá apoio à poltrona Wilson.
Os tapetes do Afeganistão cor caramelo integram este espaço tentando reduzir ao máximo o ruído para dar enfase ao mobiliário e à decoração da sala, disponíveis na loja Pátria.




Na zona de trabalho podemos ver três estantes em azinho dos anos 70, da marca portuguesa Forma, onde se dispõem vários livros e peças de decoração. Destacam-se as duas jarras em vidro desenhadas por Kjell Engman para a Kosta Boda, disponíveis na loja Pátria e também as peças desenhadas por Jonathan Alder da loja Área.


Ao fundo, nas janelas e por oposição às grandes estantes resolve-se a quebra da luz intensa com uns estores em madeira com acabamento no mesmo tom presente na gaiola pombalina e também nas estantes em mogno.
Quanto ao revestimento das paredes, é conseguido com palpel de parede em palhinha da Elitis cor caramelo que assenta num lambrim cinza esverdeado.



Obrigado Maria Baeta pela ajuda e compahia na produção deste post.

Divirtam-se com este espaço, é uma sugestão!