domingo, 19 de dezembro de 2010

Sergio Rodrigues: Um Designer dos Trópicos


Sérgio Rodrigues - 1991




Interiores JUAREZ - 2000 (trabalho de Interiores)



CASA DO CINEASTA - 2006 (trabalho de arquitectura)

Sofá Hauner - 1954




Poltrona KILIN - 1973

Cómoda BU - 1962



Cama BERÇO - 1980

Banco MUCKI - 1958


Poltrona MOLE - 1957

Sérgio Rodrigues é um nome incontornável do design brasileiro reconhecido e galarduado mundialmente pelo seu trabalho.
Começou a sua carreira como arquitecto, tendo participado com David Azambuja, Flávio Regis do Nascimento e Olavo Redig de Campos no projeto do Centro Cívico de Curitiba, obra importante no quadro da arquitetura moderna brasileira.
Mas, conhecendo com firmeza seus interesses e trilhando por um caminho percorrido por outros grandes arquitetos como João Batista Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer, Oswaldo Bratke e Paulo Mendes da Rocha ,Sergio saltou da arquitetura para o design de mobiliário.
A produção brasileira nesse setor (mobiliário), em meados dos anos 50, ainda estava muito presa aos estilos, e a sua renovação exigiria duas batalhas. Sergio sabia que a única arma de que dispunha era o desenho e foi aí que enveredou.

Não vamos atribuir tudo a genética, afinal cada um tem seu gênio e Sérgio Rodrigues tem definifivamente o seu, mas este talento tem ascendência. A mais notória delas é a do tio jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, um dos principais dramaturgos brasileiros . Outras são a do pai o pintor e ilustrador Roberto Rodrigues que mesmo tendo morrido prematuramente aos 23 anos deixou como legado uma obra posicionada criticamente em relação aos julgamentos por parte da crítica instituída. E segundo Portinarti, seu colega, "teria sido um dos maiores artistas plásticos do Brasil". Dentro de uma família intelectualizada por parte do pai, pelo lado da mãe, os Mendes de Almeida, juristas e jornalistas, foi gerada a personalidade do arquitecto e designer Sergio Rodrigues que recebeu como legado o sentido crítico, a exuberância e o humor familiares. Uma das manifestações dessa herança foi a defesa da criação de formas a partir de referências brasileiras, um olhar atento ao que era criado pelo mundo. Essa postura tão simples quanto clara, deu-lhe a possibilidade de ser o pai das mais celebres criações do design brasileiro.

A mais importante e conhecida peça de Sérgio Rodrigues é a sua Poltrona Mole, design de 1957 que fora do Brasil é também conhecida como The Sheriff.

Participou em diversas exposições sendo a última em 2010 intitulada Sergio Rodrigues: Um Designer dos Trópicos - Rio de Janeiro, Brasil
Apoio - Jornalista Brasileira Adriana Doria Mattos

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